O anúncio do falecimento de Michael Jackson chocou o mundo há precisamente um ano, no dia 25 de Junho de 2009.
A morte por paragem cardíaca do Rei da Pop ainda hoje dá que falar, devido às circunstâncias misteriosas que a rodearam. Conrad Murray, o médico pessoal de Jackson, foi formalmente acusado de homicídio involuntário por ter administrado os anestésicos e sedativos que provocaram a paragem cardíaca do cantor de 50 anos. O médico aguarda agora o julgamento em liberdade e com autorização para exercer medicina.
Em paralelo, e como seria de esperar, a morte de um dos capitães da revolução da pop nos anos 80 já rendeu muitos milhões de dólares a quem o rodeava. A Sony Music que o diga. Nas semanas que sucederam a morte de Jackson, álbuns como "Thriller", "Bad" e "Dangerous" subiram até ao topo das contagens de vendas de discos em todo o planeta. E enquanto o público recordava a obra de Jackson, o mundo do entretenimento pensava em arranjar uma maneira de compensar a desilusão, emocional e financeira, que se tornou a malograda "This Is Tour".
Os 50 concertos de Michael Jackson na 02 Arena de Londres iam marcar em grande a despedida do cantor da sua atribulada carreira musical. Uma pressão tanto física como psicológica que muitos dizem ser a grande razão para o desaparecimento precoce e inesperado do Rei da Pop, à custa dos muitos sedativos nos quais estava viciado há já vários anos.
Os meses de preparação para a residência em Londres ficaram imortalizados no rockumentário, "This Is It", o filme-documentário mais rentável de todos os tempos.
Tanto o filme como as reedições do seu catálogo já renderam aos gestores do património de Michael Jackson mais de 800 milhões de euros. Uma quantia com muitos zeros que vai ajudar os seus herdeiros a pagar as muitas dívidas que, infelizmente, marcavam a vida de Jackson no período que antecedeu o seu desaparecimento.
Não deixa de ser curioso que o desaparecimento do Rei da Pop tenha 'apagado' da memória do público e dos media os momentos menos positivos que marcaram a última década de vida do cantor: escândalo de pedofilia, o descontrolo financeiro ou a reclusão excêntrica, entre eles. Ficam sim os movimentos de dança e músicas como 'Thriller', 'Bad', 'Smooth Criminal' e 'Billie Jean' e a maneira apaixonada e profissional com que Jackson se entregou à música, desde tenra idade. Por isto, e por muito mais, o seu lugar no manto real da cultura mundial é intocável e, muito provavelmente, inalcançável.
Fonte: Rádio Comercial